sexta-feira, 25 de junho de 2010

Abertura de vagas para tecnicos especializados

Com abertura de novos grupos, presenciais e virtuais (on line) estamos recrutando novos técnicos:

Psicólogos (Cognitivo Comportamental) Sénior e Júnior

Nutricionistas Sénior

Somos uma IPSS e trabalhamos com pessoal voluntário

O que é ser um voluntário?

Voluntário é o cidadão que doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada para causas de interesse social e comunitária.

Trabalho voluntário é uma acção duradoura e com qualidade

Sua função não é tapar buracos e compensar carências. A acção voluntária contribui para melhorar a qualidade de vida da comunidade.

Cada voluntário ao seu modo

Basta decidir ajudar, escolhendo uma forma de utilizar as aptidões de cada um. Você pode dedicar algumas horas por dia, semana ou por mês. A actividade pode ser ocasional ou rotineira. O importante é assumir o compromisso com aquilo que se pode cumprir.


-.-.-

ComMedida - Associação de Apoio a Doentes do Comportamento Alimentar
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Blog: http://www.commedida.blogspot.com/
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Conheça na net os pratos habituais da dieta dos portugueses

Uma dieta pode ficar mais simples com a consulta da lista agora disponibilizada na net pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Ali figura a composição de alimentos e cozinhados comuns na nossa mesa. Algumas bebidas também têm conta feita.

Ainda não constam o cozido à portuguesa ou as tripas à moda do Porto, nem as 101 maneiras de apresentar o bacalhau numa refeição. Essa será uma fase mais adiantada do projecto europeu em que se insere a elaboração da Tabela de Composição de Alimentos. Mas já vai em 962 a listagem feita pelo INSA e pelo Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR), que tudo “pesaram” para dar a saber aos portugueses o que andam a comer. Os dados podem ser consultados por ordem alfabética, grupo de alimentos ou seus componentes, havendo ainda a hipótese de um caminho mais directo, através da introdução da palavra-chave.

Os valores dos nutrientes são indicados com especificação do teor em proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e hidratos de carbono, entre outras especificações, sendo a referência tomada para um peso de 100 gramas do alimento ou cozinhado e, no caso das bebidas, para um volume de 100 mililitros.

Para todo este conjunto de informação foram feitos estudos analíticos (em laboratório) e recolhidos outros dados a partir dos rótulos de alimentos já transformados. A maior parte dos alimentos estudados foi adquirida em estabelecimentos comerciais das Áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto.

A Tabela da Composição de Alimentos (TCA) vai continuar a ser acrescentada na listagem . O INSA, ao colocá-la na internet de forma gratuita, está convicto de contribuir “para uma maior literacia em saúde e, consequentemente, uma população mais informada, condições essenciais para a promoção da saúde e a prevenção de doenças associadas à alimentação”. A TCA também está disponível nas versões de livro e CD. Nestes casos, já há um custo, de 30 euros.

Quem consultar o endereço electrónico http://www.insa.pt e direccionar a sua pesquisa para a TAC tem acesso a uma explicação inicial sobre os constituintes analisados, o valor energético e outros indicadores. Ao todo, foram verificados 42 componentes/nutrientes, um dos quais, o colesterol, pode ser determinante nas escolhas para uma dieta mais saudável. Mas estão ali também referidas quais as vitaminas em que o alimento é mais rico na sua composição e também os minerais presentes. Até a água, presente em maior ou menor proporção, foi analisada. Os valores, nestes casos, podem ser indicados em microgramas ou miligramas.

Um elemento que pode ajudar à escolha tem natureza gráfica e é dos mais convincentes para quem hesite em fazer uma dieta salutar: o valor energético fornecido, entre outros, pela gordura, proteínas ou hidratos de carbono surge explícito em barras a cores. Que dizer de uma salsicha tipo Frankfurt, em que o teor de gordura, de 74%, quase rebenta a escala? A função informativa e pedagógica ressalta de dados como este.

fonte: JN Sapo.pt

sábado, 19 de junho de 2010

Trecho do Livro: Pense Magro | Judith S. Beck

Livro: Pense Magro


Se você enfrentou dificuldades para emagrecer ou emagreceu e engordou novamente nos últimos tempos, você culpou a si mesmo (Sou muito fraco… Não estava motivado o suficiente), culpou seu organismo (Tem alguma coisa errada em mim… Eu, simplesmente, não consigo emagrecer), ou à dieta que escolheu (Esta, definitivamente, não funciona pra mim)?

Fico feliz em lhe dizer que a razão de seu insucesso tem outra explicação. Você, apenas, não sabia como fazer dieta. Quando aprender a fazer dieta, subirá na balança e verá um peso cada vez menor, semana após semana. Você vestirá roupas menores. Você vivenciará todos benefícios maravilhosos de um corpo mais magro: mais energia, autoconfiança e saúde, auto-estima melhorada, menos dores e desconfortos. Você pode sentir tudo isso – e manter pelo resto da vida, sem que lhe escape como nas outras vezes. O círculo vicioso do emagrecimento vai desaparecer para sempre.

Isso é o que está ao seu alcance quando você aprende a ser persistente na dieta. Este livro lhe ensina a evitar as trapaças; resistir a alimentos tentadores, mesmo que estejam bem a sua frente; lidar com a fome, com os desejos incontroláveis, com o estresse, e com as emoções negativas, sem que você precise comer para se confortar. Você aprenderá a se motivar para praticar exercícios, mesmo que isso não seja de sua natureza. Você descobrirá como fazer tudo o que for necessário para alcançar o sucesso em sua dieta – mudando a maneira como você pensa.

A maioria das pessoas que vem ao meu consultório para emagrecer já teve a experiência de iniciar dietas e desistir delas durante anos. Todas elas têm algo em comum: não sabem pensar como uma pessoa magra. As pessoas que lutam para emagrecer têm uma programação mental que sabota seus esforços. Frequentemente, têm pensamentos como:

•Sei que não deveria comer isto, mas não me importo.
•Se eu comer isto só desta vez não vai ter problema.
•Tive um dia tão difícil. Mereço comer o que quiser.
•Não consigo resistir a esta comida.
•Estou chateado. Tenho que comer.
•Já que comi o que não devia, vou continuar comendo até o fim do dia.
•É muito difícil. Não quero continuar fazendo dieta.
•Nunca vou emagrecer.
Se qualquer um desses pensamentos lhe parece familiar, você é um candidato perfeito para ler este livro. Este programa ensina você a enfrentar pensamentos sabotadores de forma convincente. Quando escutar uma pequena voz em sua cabeça falando “Ah, coma só isso… Não tem importância”, você será capaz de dizer para si mesmo “Tem importância sim… Eu quero ser magro… Todas as vezes que comer algo não planejado, aumentarei a probabilidade de fazer isso novamente… Sempre terá importância… Estou apenas tentando me enganar… Se comer isto, sentirei prazer por alguns segundos, mas depois irei me sentir mal… Eu posso resistir… Para mim, é muito mais importante emagrecer do que ter alguns segundos de prazer”.

Chega de “trapacear”

Neste livro, a palavra trapaça não aparecerá novamente fora desta caixa de texto. Abri essa exceção intencionalmente porque muita gente com problemas para emagrecer costuma ter um padrão de pensamento denominado tudo-ou-nada sobre alimentação: Ou faço a dieta sem cometer nenhum deslize ou então estarei trapaceando… Se eu estiver trapaceando, então é melhor desistir – Eu posso, com certeza, continuar trapaceando o dia (semana, mês, ano) inteiro. Ficou evidente, para mim, que os indivíduos que viam a si mesmos como “trapaceadores” sentiam-se desmoralizados e até mesmo “maus”, e isso dificultava sua reintegração à dieta quando, por ventura, se afastavam dela. Em vez de trapaça, usei as expressões comer o que não foi planejado ou comer exageradamente. Esses termos têm uma carga negativa menor. As pessoas que os empregam são capazes de adotar uma visão mais otimista da situação e dizer: Tudo bem, comi algo que não estava programado ou comi mais do que deveria, mas também são capazes de acrescentar: Foi apenas um equívoco, nada demais… Vou voltar agora mesmo para a dieta.

Por que o peso é importante?

Se você estiver em dúvida quanto a iniciar ou não a dieta definitiva de Beck, considere o seguinte: muitas pessoas ganham alguns quilos, a cada ano, devido ao fato natural de o organismo ficar mais lento com o passar da idade. Somando-se a isso o fato de que são necessárias apenas 20 e poucas calorias extras por dia para engordar 900 gramas por ano, o resultado é que se você estiver hoje com 4 quilos de sobrepeso e não fizer nada, daqui a um ano, você poderá ter 5 quilos ou 6 quilos a mais; depois de mais um ano, talvez 7 ou 8 quilos de excesso de peso, e assim por diante. No entanto, em vez de engordar, você pode emagrecer e manter o peso alcançado, praticando os princípios ensinados neste livro.

Qualquer dieta razoável dará certo se você estabelecer a programação mental adequada. A dieta definitiva de Beck é um programa psicológico e não uma dieta alimentar. Não lhe diz o que comer – você pode escolher a dieta de sua preferência, desde que seja nutritiva. Se você estabelecer a programação mental adequada, qualquer dieta razoável dará certo. Este programa ensina você a comer conforme o esperado e a responder a pensamentos sabotadores como eu não quero que, eu não tenho que, ou eu não consigo.

Para escolher alimentos apropriados e utilizar hábitos alimentares adequados, você precisa aprender a fazer modificações permanentes na maneira de pensar. Com um programa passo a passo abrangente como este, você conseguirá manter-se na sua dieta, emagrecer e manter o peso alcançado. A dieta definitiva de Beck é baseada nos princípios da terapia cognitiva (conhecida também como terapia cognitiva-comportamental ou TCC), a forma mais amplamente estudada e eficaz de psicoterapias no mundo.

Aaron T. Beck, M.D., promoveu uma revolução no campo da saúde mental, quando, no final dos anos 1950 e início dos anos de 1960, desafiou com suas pesquisas as teorias de Sigmund Freud. Freud e seus seguidores acreditavam que a depressão e outros tipos de doenças mentais originavam-se de temores e conflitos reprimidos, e mantinham os pacientes em sessões diárias de psicanálise durante muitos anos.

Aaron Beck descobriu, entretanto, que os pacientes deprimidos podiam melhorar rapidamente – normalmente com 10 ou 12 sessões de terapia. Quando ele os ajudou a alcançar metas, solucionar problemas e modificar seus pensamentos depressivos, a depressão regredia rapidamente. Ele nomeou este novo tratamento de “terapia cognitiva” pelo fato de o componente principal do tratamento concentrar-se na correção de pensamentos distorcidos. O termo “cognitivo” refere-se a pensamento.

Nos anos seguintes, a terapia cognitiva foi adaptada por Aaron Beck e por pesquisadores do mundo inteiro, para ser utilizada em inúmeros transtornos e problemas psicológicos. Centenas de estudos baseados em pesquisas demonstraram que a terapia auxilia pessoas que enfrentam um grande número de dificuldades, incluindo depressão, ansiedade, transtornos alimentares, obesidade, tabagismo e comportamentos adictos. O mais impressionante é que as pessoas não apenas melhoram, mas mantêm a melhora com o passar dos anos. Elas aprendem como mudar seus pensamentos imprecisos e disfuncionais para que se sintam melhores emocionalmente e para que se comportem de maneira mais produtiva na busca de suas metas.

Um estudo recente, na Suécia, demonstrou a eficácia da terapia cognitiva no emagrecimento. Indivíduos matriculados num programa de terapia cognitiva emagreceram mais ou menos 8 quilos em 10 semanas de tratamento. (Enquanto isso, as pessoas que aguardavam na fila de espera para o mesmo tratamento não apresentaram qualquer diminuição no peso.) O mais impressionante foi o resultado da avaliação do grupo de estudo. Um ano e meio após o tratamento, quase todas as pessoas estudadas, mais precisamente 92% delas, havia não somente mantido a perda de peso, mas emagrecido ainda mais. Isso é o que diferencia a terapia cognitiva dos outros tipos de terapia e de outros programas de emagrecimento.

Compare esses resultados com o das pessoas que já fizeram dieta, mas não tiveram acesso à terapia cognitiva. Uma pesquisa concluída na Universidade de Tufts descobriu que entre 50 e 70 por cento das pessoas que iniciaram uma de quatro dietas amplamente utilizadas não foram capazes de persistir e continuar emagrecendo no decorrer de um ano.

Ainda mais desanimador é a preocupante tendência revelada por outros estudos que acompanham o comportamento das pessoas depois de perderem peso: a maioria delas, independentemente da dieta que tenha seguido, recupera, em até um ano, a maior parte dos quilos perdidos.

A terapia cognitiva baseia-se no conceito de que a maneira como as pessoas pensam afeta o que elas sentem e o que elas fazem. Digamos que você pense: Estou com fome. Se, em seguida, tiver um “pensamento sabotador” (Isto é horrível. Não posso tolerar. Tenho que comer!), você vai ficar apavorado e vai sair atrás de comida. Por outro lado, se você contrariar esses pensamentos com “respostas adaptativas” (Tudo bem. Vou comer dentro de poucas horas. Posso esperar) você se sentirá no controle da situação e acabará se envolvendo em outras atividades. A terapia cognitiva o ajuda a identificar pensamentos sabotadores e a responder a eles de maneira funcional, o que leva você a se sentir melhor e a se comportar de maneira mais produtiva. Com a terapia as pessoas aprendem a resolver problemas e quem faz dieta pode ter muitos problemas. Por exemplo, você já saiu da dieta por alguma destas razões?

•Não se sentiu satisfeito mesmo tendo acabado de comer.
•Sentiu-se chateado e pensou que comer o faria se sentir melhor.
•Sentiu-se atraído por um alimento enquanto fazia compras no supermercado.
•Estava tão cansado para cozinhar que optou por fastfood.
•É muito educado para recusar a sobremesa que prepararam para você.
•Foi a uma festa e teve vontade de se tratar bem.
Para que você consiga emagrecer e manter o peso conquistado, você precisa resolver esses problemas práticos. Precisa, também, resolver alguns problemas psicológicos, por exemplo:

•A sensação de estar sobrecarregado pelas exigências da dieta.
•A sensação de estar em privação.
•A sensação de estar desmotivado quando seu emagrecimento não correspondeu ao previsto.
•A sensação de estar estressado com outros problemas da vida.
A terapia cognitiva o ajuda a resolver problemas práticos e psicológicos, e também a aprender novos pensamentos e novas habilidades comportamentais – ferramentas que você poderá utilizar pelo resto da sua vida. Além de superar seus problemas atuais, você também aprenderá a utilizar as novas habilidades para resolver problemas futuros.

Você é parecido com Sue?

Utilizo a terapia cognitiva por mais de 20 anos para ajudar as pessoas a resolverem vários problemas, inclusive a luta pelo emagrecimento. Sue é um exemplo típico. Ela estava habituada, desde o ensino médio, a experimentar várias dietas, mas acabava presa a um círculo bastante conhecido: durante as primeiras semanas ou meses de cada dieta que iniciava, ela, confiantemente, emagrecia e se sentia no controle; de repente, algo a fazia desviar-se da dieta.

As razões variavam. Uma vez seu chefe pediu para que trabalhasse até mais tarde, o que, segundo ela, foi “motivo” para pegar uma pizza a caminho de casa. Em outra ocasião, após uma discussão com o marido, ficou chateada e “se pegou” comendo um pote de 500ml de sorvete de chocolate. Em outra vez, ela “perdeu o controle” em uma festa, ao ver uma mesa coberta de pratos tentadores.

Todas as vezes que Sue encontrava uma desculpa para se afastar da dieta, sua determinação rapidamente diminuía. Ela continuava a comer sem controle. Então, sentia-se fracassada, pensava que nunca conseguiria emagrecer e desistia completamente, recuperando o peso que havia perdido – e, às vezes, mais.

Sue começou ainda uma nova dieta, logo depois da sua primeira sessão comigo. As duas ou três semanas iniciais dessa dieta foram calmas, mas então Sue teve uma racaída. Ela estava tão aborrecida com um problema ocorrido no emprego que começou a “comer tudo o que via pela frente.” Por sorte, ela veio ao consultório no dia seguinte. Quando examinamos o que Sue havia comido, tornou-se claro que ela não havia “arruinado totalmente” a dieta. Eu a ajudei a perceber que, se ela voltasse a fazer corretamente a dieta, ganharia, no máximo, 250g naquela semana – o que não seria uma recaída tão grave. Mudando seu pensamento de Eu sou um fracasso, nunca serei capaz de emagrecer para Eu posso recomeçar da maneira certa agora mesmo, ela foi capaz de retomar o regime.

Sue teve outras recaídas, mais amenas, mas aprendeu a mantê-las em perspectiva. Aprendeu também a se preparar previamente para os momentos de estresse. Ela evoluiu até ser capaz de aderir ao seu projeto de emagrecer, independentemente do que acontecia em sua vida. Ela quebrou o círculo ioiô em sua dieta, emagreceu 25 quilos e se mantém assim por 12 anos.

A história de Sue é típica de pessoas com as quais trabalho hoje e com as quais já trabalhei por anos. E pode ser a sua história também. Se você é triste ou alegre, se fica em casa ou trabalha fora, se come compulsiva ou socialmente, se é principiante ou experiente em dietas, você pode ser beneficiado pela dieta definitiva de Beck.

A dieta de Beck baseia-se no mesmo planejamento que utilizo com meus paciente que querem emagrecer. Ela funciona independentemente da sua constituição psicológica particular, do seu estilo de vida e das circunstâncias familiares. Se você é triste ou alegre, se fica em casa ou trabalha fora, se come compulsiva ou naturalmente, se é principiante ou experiente em dietas.

No passado, você pode ter conseguido fazer mudanças de curto prazo em seus hábitos alimentares para emagrecer. Porém, quando o caminho se tornou difícil, você abandonou essas mudanças porque não sabia responder a pensamentos sabotadores como:

•É muito difícil fazer dieta.
•Eu tenho que comer. Eu não tenho autocontrole.
•Eu não quero magoá-la, portanto vou comer o que ela preparou.
•Não consigo fazer dieta quando estou estressado.
O conjunto de estratégias psicológicas deste livro o ajudará de diversas maneiras. Você aprenderá a resistir ao impulso de comer exageradamente quando tiver que encarar os desejos incontroláveis, a fome, o estresse, as pressões sociais ou outros problemas. Aconteça o que acontecer, você estará apto para fazer dieta e exercícios físicos. Você aprenderá a pensar como uma pessoa magra. Essas estratégias exigem prática, mas, com o passar do tempo, se tornarão automáticas.

Por experiência própria, entendo os desafios enfrentados pelos que fazem dieta e posso também testemunhar a favor do sucesso da terapia cognitiva para superar esses desafios. Comecei a fazer dieta quando era adolescente e entrei e saí delas por muitos anos. Tive, também, muitos pensamentos sabotadores como:

•Deveria comer o mínimo possível.
•Se os outros não me virem comendo, então, realmente, não conta.
•Caí em tentação. Sou culpada pela minha fraqueza.
•Se eu comer qualquer coisa não programada, posso também abandonar minha dieta durante o dia inteiro.
Como foi, então, que consegui emagrecer e manter meu peso até agora? Aprendi com os pacientes que aconselhei. Uma das primeiras pessoas que atendi depois de me tornar psicóloga foi uma mulher que sofria de depressão e ansiedade. Depois de várias semanas de terapia, ela começou a se sentir melhor e disse que tinha uma nova meta: queria emagrecer. Foi muito fácil constatar como os seus pensamentos eram irrealistas e imprecisos quando se tratava de comer e fazer dieta. Pude perceber, imediatamente, que ela precisava mudar seus pensamentos para poder mudar o comportamento alimentar. Aprendi muito com ela e com outros pacientes que vieram depois dela, que também queriam emagrecer. Então, apliquei a mim mesma o que havia aprendido e emagreci pouco mais de 6 quilos. Isso foi há muitos anos atrás e tenho me mantido assim desde então.

Nesses últimos 20 anos, aprendi, através de tentativas e erros, o que funciona e o que não funciona na dieta. Durante esse tempo, descobri inúmeros fatores cruciais. Por exemplo, para emagrecer e não voltar a engordar é importante:

•Escolher uma dieta nutritiva.
•Arrumar tempo e energia para fazer dieta.
•Planejar o que e quando comer.
•Procurar apoio.
•Lidar com a decepção.
•Ver o ato de comer exageradamente como um problema temporário que você pode resolver.
•Saber lidar com a fome e o desejo incontrolável de comer.
•Eliminar o ato de comer pelo fator emocional.
•Elogiar a si mesmo.
Você ainda não sabe fazer essas coisas ou, pelo menos, não sabe como fazê-las de forma constante, mas vai aprender uma nova habilidade a cada dia. No final de seis semanas, você terá aprendido tudo o que precisa para continuar emagrecendo e não voltar a engordar. Você chegará ao ponto de reagir de maneira diferente quando olhar para um alimento que não deveria comer.

Você provavelmente perceberá que fazer dieta e emagrecer tem um ciclo previsível: durante uma ou duas semanas você acha que é relativamente fácil. Então, as coisas parecem se tornar mais difíceis. Os desejos incontroláveis surgem ou se intensificam. A vida interfere. Os horários na sua agenda estão tomados. Você se sente emocionalmente estressado. E, então, você encontra inúmeras razões para se afastar da dieta.

Entretanto, se você continuar praticando as habilidades descritas neste programa, você será bem-sucedido. A dieta se tornará fácil. Os desejos incontroláveis e a fome diminuirão. Você encontrará maneiras eficientes de lidar com o estresse. Seus pensamentos mudarão. Na verdade, você chegará ao ponto de reagir de maneira diferente quando olhar para um alimento que não deveria comer. Em vez de dizer Eu gostaria de poder comer isto e se sentir triste, ou É injusto não poder comer isto e se sentir infeliz, você vai dizer, automaticamente, Estou tão feliz por não comer isto. Em algum momento, você vai mudar de Eu odeio me privar para Estou feliz por não ter comido exageradamente! Apenas faça o necessário, um dia de cada vez, como este livro sugere. Você chega lá!

A terapia cognitiva é um tratamento psicoterápico que irá ajudá-lo a ser bem-sucedido na meta de emagrecer e manter o peso conquistado. Sua maneira de pensar sobre alimentos, comer e fazer dieta influencia seu comportamento e como você se sente emocionalmente. Certos pensamentos dificultam a continuidade da dieta e a manutenção da perda de peso. A dieta de Beck leva você a mudar seus pensamentos sabotadores para pensamentos adaptativos que o conduzirão ao sucesso.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

DCA - Anorexia / Bulimia nervosa - São João no Porto




Repassando a informação...

Caros Amigos(as)
Aos interessados devem confirmar pelo Telemóvel mencionado ou para o nosso e-mail.

Gratos pela atenção dispensada

José Delgado
AFAAB - Núcleo de Lisboa
jjcdelgado@cp.pt

terça-feira, 15 de junho de 2010

Cirurgia que reduz estômago é ligada a falhas neurológicas


DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE, DE GRAMADO

A cirurgia que reduz o volume do estômago pode levar a distúrbios neurológicos semelhantes aos encontrados em pessoas desnutridas.

Em 2009, 30 mil cirurgias bariátricas foram feitas no país. Em três anos, esse número aumentou 10%.

Segundo um estudo do departamento de neurologia da Universidade de Ohio, até 16% das pessoas que fazem a cirurgia têm alguma complicação neurológica.

A principal causa é a falha na absorção de nutrientes essenciais ao funcionamento dos neurônios. A falta pode causar de incômodos reversíveis a lesões permanentes.

A maioria dessas complicações não é grave, diz o neurologista Eduardo Mutarelli, professor da Faculdade de Medicina da USP. "Podem ocorrer falta de sensibilidade, formigamentos, dor no pé. Demência e amnésia são os quadros graves e raros."

Algumas doenças aparecem semanas após a operação. É o caso da encefalopatia de Wernicke que, sem tratamento, pode evoluir para a síndrome de Korsakoff.

É uma lesão do encéfalo que causa amnésia e psicose. No início, é reversível com reposição de vitamina B1.

Outros problemas demoram anos para surgir, como degenerações de medula. Os sinais são fraqueza, perda de sensibilidade, mudança de humor. O tratamento é com ácido fólico, cobre e B12.

"Às vezes, é preciso até reverter a cirurgia, porque os problemas superam as vantagens", afirmou o médico.

O psiquiatra Adriano Segal, direto da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), conta que a maioria dos casos que já tratou só atingiram o sistema nervoso periférico.

Mas uma paciente sua ficou com limitações para andar. "É muito raro. Só tive três casos de síndrome de Korsakoff. Se o risco fosse alto, a cirurgia seria um crime."

A prevenção é simples: a pessoa operada tem que tomar suplementos e ser acompanhada pelo resto da vida.

A equipe responsável pela cirurgia também precisa orientar o paciente e a família. "Devem saber reconhecer os sinais, porque é preciso diagnosticar e tratar imediatamente", diz o psiquiatra.

Para o neurologista Eduardo Mutarelli, é preciso esclarecer o público sobre esses riscos. "Há pessoas que até engordam mais para poder se candidatar à cirurgia. Vamos ver cada vez mais essas complicações neurológicas."

Editoria de Arte/Folha Imagem

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cognição & emoção

Descubra o que o exercício físico pode fazer pela sua mente. Não é pouco!


Um conjunto de estudos, recentemente publicados pelas universidades norte-americanas da Califórnia, Columbia, Illinois e Harvard, vieram confirmar o que já era quase uma certeza.

O cérebro trabalha muito melhor se, para além de actividade intelectual regular, o ser humano fizer exercício físico.

Numa altura em que as escolas norte-americanas estão a reduzir, ou mesmo a eliminar, o tempo dedicado às actividades desportivas, esta conclusão impõe a reformulação dos currículos escolares. Afinal as aulas de educação física ajudam a ter boas notas nas outras disciplinas.

Estudo promissor

Um dos especialistas que tem vindo a estudar o impacto do exercício físico na função cerebral é John Ratey, psiquiatra e professor associado da Harvard Medical School. Um dos estudos acompanhados por este investigador teve lugar num liceu norte-americano de Naperville, no estado do Illinois.

Para tal foi seleccionado um pequeno grupo de estudantes com dificuldades de leitura a quem foi dada uma aula extra de ginástica, imediatamente antes do estudo literário. Os resultados foram de tal forma promissores que levaram a escola a alargar este programa a um número maior de estudantes. «Até agora o exercício físico é o único factor conhecido que pode optimizar a aprendizagem dos estudantes», contou-nos John Ratey, autor de «SPARK: The Revolutionary New Science of Exercise and The Brain».

Anti-depressivo natural

Os efeitos do exercício físico não se esgotam na melhoria das capacidades de aprendizagem dos estudantes, como explicou John Ratey em entrevista à saber viver. «O treino aeróbico pode tratar estados depressivos e de stress, ansiedade, falta de energia e de concentração e ajuda a lidar com os desejos alimentares e de outras substâncias viciantes», assegura.

O exercício físico eleva um grupo de neurotransmissores, os mesmos implicados no tratamento com medicamentos antidepressivos, bem como os factores de crescimento responsáveis por manter as células nervosas vivas e a funcionar a um nível óptimo.

Jogging, ténis, futebol, marcha em passo rápido e escalada são algumas das melhores actividades para o cérebro, segundo o especialista norte-americano, devendo ser praticadas numa base diária, «30 a 60 minutos por treino», diz.

Mente sã em corpo são

Os benefícios do exercício físico são especialmente importantes para a promoção da saúde nas mulheres, «que correm um risco maior de declínio mental ao atingirem a menopausa», explica John Ratey.

Também Nelson Lima, neuropsicólogo e director do Instituto da Inteligência, enuncia os benefícios da actividade física para a saúde mental.

«Todos os estudos actualmente conhecidos apontam no sentido de que a actividade física enriquece o sangue de oxigénio, melhorando a função cognitiva, ao mesmo tempo que produz reacções químicas nas células nervosas que protegem o cérebro dos efeitos prejudiciais do envelhecimento e do stress, diminuindo os riscos das demências devidas à idade avançada, incluindo a doença de Alzheimer».

Fonte:Mulher Sapo

terça-feira, 1 de junho de 2010

Forum da Commedida


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Este espaço é seu, queremos a sua opinião

Lidando com um disturbio alimentar

Informações sobre distúrbio alimentar e algumas dicas de como superar a solidão e a baixa auto-estima.

Por Summer Eide

Eu me sentia muito sozinha... Eu lembro que desejava encontrar alguém que compreendesse como me sentia por dentro. Mas, quanto mais eu queria que alguém entendesse, menos era compreendida. Assim que eu percebi que ninguém mesmo me compreendia, minha vida se tornou mais solitária. Tudo começou quando eu tinha por volta de 14, 15 anos. Era cheia de amigos, tanto na universidade como em outros lugares e tinha uma família que me apoiava muito. Tudo corria do jeito que eu queria e as minhas direções na vida estavam bem traçadas. Como a maioria das meninas da minha idade, eu experimentei momentos de diversão, alegrias e desilusões. A vida parecia "normal". Contudo, depois de mais ou menos um ano vivendo neste status quo, aquelas circunstâncias mudaram, e minha vida deu um giro de 180 graus.

Sobre Distúrbios Alimentares: Procurando Aceitação
Quando eu entrei no ensino médio, várias coisas aconteceram: terminei com meu namorado; perdi alguns dos meus melhores amigos; minha irmã se casou e se mudou. Muitas das minhas velhas seguranças não duraram muito. Tudo estava mudando. De início, tantas mudanças não eram um grande problema, mas quanto mais eu percebia o quão instável minha vida estava, menos eu sabia como agir. Senti que não existia absolutamente nada a que eu realmente poderia me apegar e nenhuma maneira pela qual eu pudesse controlar as coisas na minha vida. Era um sentimento de tremenda insegurança.

Lidando com a solidão, comecei a fazer qualquer coisa para que me sentisse segura e sob controle. A velha forma de viver não mais fornecia aquilo que eu estava precisando, então mudei, na esperança de encontrar uma nova estabilidade. Pensava que poderia controlar minha vida em vez de os outros a controlarem. Meu desejo maior era ser aceita pelos outros, e eu estava determinada a fazer tudo que estivesse ao meu alcance para atingir esse objetivo, incluindo mudar minhas ações ou imagem.

Mesmo entre tantas mudanças, ainda aparentava ser a pessoa mais segura do mundo para os outros; o que tornou tudo pior porque eu me sentia como se não tivesse nada. As pessoas sempre vinham buscar segurança em mim, mas segurança era a coisa que eu mais necessitava delas.

Então, passei a procurar aceitação, estabilidade, o que me levou a me concentrar na minha aparência física. Acreditava que se parecesse bonita e as pessoas ficassem atraídas por mim, teria a aceitação que precisava. Como muitas garotas, eu pensava que, perdendo alguns quilinhos, me tornaria perfeita. Comecei a procurar várias maneiras de perder peso, fazendo dietas, exercícios, comendo menos comidas gordurosas e até passando fome. Porém, eu gostava demais de comer para entrar numa dieta ou ficar sem comer, e praticar exercícios regularmente tomava muito tempo e esforço. Sem contar que eu não queria que ficasse óbvio que eu estava insegura quanto à minha aparência ou que eu não tinha controle sobre nenhuma área da minha vida.

Sobe Distúrbios Alimentares: Fantasiando uma Solução
À medida que eu determinava minhas escolhas, decidi que o melhor a fazer era passar a vomitar depois de comer. Dessa forma teria uma aparência completamente normal, além de receber algum valor nutritivo da comida ingerida. Então, vomitaria apenas o excesso e me livraria da comida que me tornaria menos aceitável fisicamente. No início, comecei a fazer isso apenas depois do jantar. Isso funcionou tão bem que eu comecei a pular o café da manhã e vomitar após o almoço e o jantar. Eu estava muito animada com o fato de tudo estar indo tão bem... Não apenas mantinha meu peso, como também o perdia! Durante esse período, um garoto muito especial começou a prestar mais atenção em mim. Ele realmente estava gostando das mudanças pelas quais eu estava passando. Na realidade, ele freqüentemente elogiava meu corpo e me aceitava completamente. Estava funcionando! Tinha reajustado a minha vida e ganhado a segurança e a aceitação que tanto precisava.

A VIDA ESTAVA ÓTIMA. Eu ia ao banheiro depois de todas as refeições, abria a torneira - assim ninguém escutaria - e vomitava por alguns minutos. Foi difícil no começo colocar o dedo lá dentro da garganta para fazer a comida surgir. Mas gradualmente, me acostumei. Acreditava que valia a pena. Ter a aceitação do meu namorado e as garotas me dizendo o quanto estava atraente me levou a acreditar que eu precisava continuar a fazer aquilo que eu já estava fazendo. Daí, as coisas se tornaram mais fáceis. Quanto mais eu vomitava, mas eu perdia peso. Finalmente, eu consegui parar de colocar meu dedo na garganta e simplesmente comecei a vomitar automaticamente toda vez que eu comia.

Então as coisas começaram a mudar. Meus relacionamentos se tornaram frios, mesmo com meu adorado namorado. Meus pais notaram que eu estava diferente. Parecia que os conflitos estavam presentes em todas as áreas da minha vida. Eu não mais estava recebendo aquela segurança. Por que eu estava me sentindo infeliz novamente? Por que eu não conseguia controlar o que estava acontecendo comigo? Até mesmo vomitar não tava mais funcionando da maneira como eu queria: quando eu ia comer um pequeno lanche, eu vomitava querendo ou não. O processo físico de vomitar e a fraqueza do meu corpo não eram nada prazerosos. Contudo, eu não conseguia mais parar e me sentia cada vez mais fora de controle. Estava tão sozinha, sem nenhuma segurança e controle sobre as coisas da minha vida, que chorava toda vez que ia vomitar. Não sabia mais o que fazer!

Sobre Distúrbios Alimentares: Pedindo por Ajuda
Já nesse ponto, tudo o que eu havia aprendido na minha infância se tornou primordial na minha vida. As pessoas sempre dizem que tudo o que se aprende na infância irá certamente voltar à tona mais tarde na vida. E foi exatamente o que aconteceu comigo. Quando eu era pequena, aprendi muitas coisas sobre Deus através da minha família e da Igreja. Meus pais me diziam que Deus me amava e queria me conhecer, mas por causa das coisas ruins, ou pecados, que eu tinha cometido, eu não poderia conhecê-lo ou ir ao céu para ficar com ele. A Bíblia diz "pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos 3:23). Meus pais, além disso, me diziam que Deus fez com que eu pudesse conhecê-lo através de Jesus, que morreu na cruz pelos meus pecados. João 3:16 nos diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Jesus pagou pelos meus pecados e perdoou tudo o que eu tinha feito. O melhor de tudo era que Deus amava o mundo e morreu para perdoar os pecados de todo o mundo. Qualquer pessoa pode ter um relacionamento com Jesus Cristo convidando-o para entrar em sua vida, aceitando o seu presente de morrer na cruz.

Como uma criança, eu aceitei esse generoso presente que foi seu perdão. Apesar disso, através do período de insegurança e toda a dor por que eu estava passando, Deus parecia distante. O relacionamento que eu tinha começado com ele quando eu era criança não era mais importante pra mim. Eu ainda ia a igreja e orava às vezes, mas achava que Deus não entendia a minha situação. Eu queria apenas tocar as coisas por conta própria.

Porém, lidar da minha forma apenas me provou que as coisas não funcionaram bem. Eu lembro de uma noite em que estava tão cansada de mim mesma e da minha vida que eu comecei a chorar diante de Deus. Contei a ele como me sentia e orei para que ele me ajudasse. Eu não tinha certeza do motivo pelo qual eu me voltei a Deus naquele momento, mas eu sabia lá no fundo que nada mais iria funcionar. Sabia que eu não era forte o suficiente para lidar com tudo aquilo sozinha e que nenhuma outra pessoa poderia me fazer sentir melhor. Por dois anos lidei com solidão e inseguranças, lutando com distúrbios alimentares, agora já tinha atingido o fim da linha!

Sobre Distúrbios Alimentares: Encontrando a Verdadeira Aceitação
A PARTIR DO MOMENTO EM QUE ME VOLTEI PRA DEUS, as coisas gradualmente começaram a mudar. Eu ainda vomitava toda vez que comia, e ainda desesperadamente queria que as pessoas gostassem de mim. Apesar disso, estava me sentindo mais em paz. Comecei a ler a minha Bíblia e a orar a Deus, falando como eu me sentia. Na medida em que ia fazendo essas coisas, fui aprendendo muito sobre o amor e aceitação de Deus. Eu lembro que li sobre como Deus amava todas as coisas que ele criou e como seu amor era melhor que todos os amores que eu pudesse experimentar. Eu li no Salmo 136 que "O seu amor dura para sempre", e em Sofonias 3 que Deus "se deleitará em mim com alegria e me renovará com o seu amor". Isso significou muito pra mim, porque eu sempre desejei alguém, qualquer pessoa, que gostasse de mim. Eu aprendi que Deus não apenas gostava de mim, mas que me amava. Ele me amava mais do que qualquer pessoa e amava com o tipo de amor que nunca se acaba.

Ele me ama suficientemente ainda para tomar conta das coisas na minha vida. "Lance sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês".(1 Pedro 5:7). Eu não tinha que desesperadamente me sair bem em tudo e estar no controle de tudo o tempo inteiro. Aprendi ainda sobre a aceitação de Deus. Mesmo que as pessoas quisessem que eu parecesse bonita ou que eu agisse de um certo modo, Deus me aceitava do jeito que eu era. Eu li em Efésios 1 que Deus nos dá livremente seu favor imerecido. Não tive de fazer nada para receber seu favor ou sua aceitação. Mesmo eu me machucando ao vomitar o tempo todo e estar desesperadamente procurando pelo amor de alguém que não fosse ele, Deus me aceitou. O Rei do Universo me aceitou e me amou!

Conhecer o leal amor de Deus por mim fez toda a diferença na minha vida. As coisas não se tornaram perfeitas, mas conhecer a Deus, me ajudou usar o que eu sabia no meu interior para transformar as minhas atitudes no meu exterior. Lutava com os meus sentimentos, e ainda vomitava, mas, aos poucos, até mesmo estas coisas começaram a mudar: conheci a Deus mais de perto, tentando diariamente me lembrar de sua aceitação e amor; passei a vomitar menos e menos, até conseguir parar. Depois de alguns meses de transição, comecei a olhar para Deus em busca de aceitação ao invés de em outras pessoas, e permiti que ele tivesse o controle da minha vida.

Sobre Distúrbios Alimentares: Cura Bem Sucedida
Mais ou menos 3 anos já se passaram desde que eu parei de vomitar. Foi uma batalha lidar com pensamentos que me diziam que eu não era bonita suficiente, e isso me tentou a tomar o controle. Honestamente, eu luto com esses pensamentos todos os dias. Vivi momentos em que tudo parecia estar dando errado e senti uma grande dor dentro de mim. Durante essas horas de fraqueza, pensava em comer a fim de ganhar conforto ou pensava que se eu fosse mais magra as coisas seriam melhores. Mas eu sei que não preciso acreditar nessas mentiras. Tenho de acreditar e me lembrar da aceitação completa que ganhei por aquele que mais me importa. Algumas vezes Deus ainda me parece distante e eu nem sempre me sinto bonita. Mas eu sei que permitir que o amor e a aceitação de Deus sejam reais pra mim, é a única coisa que pode fazer a diferença lá dentro da minha alma. Confesso que é muito difícil, mas Deus está sempre lá me confortando e me amando apesar de tudo. Ele continuamente me mostra seu amor e aceitação incondicional. Quando eu vejo as coisas da maneira que Deus vê, meu coração não se sente mais sozinho, nem tampouco incompreendido. Não vejo mais vazio nem rejeição, e sim amor e aceitação.

Não sei se você pode se identificar com alguma coisa que confessei aqui ter sentido ou vivido. Passei o verão em um país diferente, e à medida que eu falava com as pessoas lá e fazia amigos, percebi que todos nós desejamos as mesmas coisas. Todos nós temos uma necessidade de amor e aceitação que nunca se acaba. Isso não cabe apenas às garotas; cabe a todo mundo. Se você alguma vez já se sentiu dessa forma ou mesmo lutou com a vida fora do seu controle, quero que você saiba que existe uma forma de encontrar liberdade e verdadeiramente saber o que amor e aceitação significam. Se a sua busca por aprovação e controle alguma vez já se pareceu com a minha (o desejo de se tornar magra a qualquer custo, mesmo através do vômito e de não comer absolutamente nada), eu quero que você saiba que existe um melhor caminho. Ter Jesus como o seu amigo e ter todos os seus pecados perdoados vai fazer com que sua vida se torne mais prazerosa e completa que qualquer vômito ou magreza possa fazer. Mesmo você acreditando nisso ou não, saiba que Deus ama muito você e o aceita voluntária e completamente.

Quando você chegar no fim da linha e perceber que não pode mais fazer nada por si só, lembre-se de Jesus e do relacionamento com ele que está a sua espera. Basta deixar que ele entre em sua vida. É realmente simples assim e faz toda a diferença. Disse Jesus: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei..." (Apocalipse 3:20).

Fonte: lidando com um disturbio alimentar