Uma dieta pode ficar mais simples com a consulta da lista agora disponibilizada na net pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Ali figura a composição de alimentos e cozinhados comuns na nossa mesa. Algumas bebidas também têm conta feita.
Ainda não constam o cozido à portuguesa ou as tripas à moda do Porto, nem as 101 maneiras de apresentar o bacalhau numa refeição. Essa será uma fase mais adiantada do projecto europeu em que se insere a elaboração da Tabela de Composição de Alimentos. Mas já vai em 962 a listagem feita pelo INSA e pelo Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR), que tudo “pesaram” para dar a saber aos portugueses o que andam a comer. Os dados podem ser consultados por ordem alfabética, grupo de alimentos ou seus componentes, havendo ainda a hipótese de um caminho mais directo, através da introdução da palavra-chave.
Os valores dos nutrientes são indicados com especificação do teor em proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e hidratos de carbono, entre outras especificações, sendo a referência tomada para um peso de 100 gramas do alimento ou cozinhado e, no caso das bebidas, para um volume de 100 mililitros.
Para todo este conjunto de informação foram feitos estudos analíticos (em laboratório) e recolhidos outros dados a partir dos rótulos de alimentos já transformados. A maior parte dos alimentos estudados foi adquirida em estabelecimentos comerciais das Áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto.
A Tabela da Composição de Alimentos (TCA) vai continuar a ser acrescentada na listagem . O INSA, ao colocá-la na internet de forma gratuita, está convicto de contribuir “para uma maior literacia em saúde e, consequentemente, uma população mais informada, condições essenciais para a promoção da saúde e a prevenção de doenças associadas à alimentação”. A TCA também está disponível nas versões de livro e CD. Nestes casos, já há um custo, de 30 euros.
Quem consultar o endereço electrónico http://www.insa.pt e direccionar a sua pesquisa para a TAC tem acesso a uma explicação inicial sobre os constituintes analisados, o valor energético e outros indicadores. Ao todo, foram verificados 42 componentes/nutrientes, um dos quais, o colesterol, pode ser determinante nas escolhas para uma dieta mais saudável. Mas estão ali também referidas quais as vitaminas em que o alimento é mais rico na sua composição e também os minerais presentes. Até a água, presente em maior ou menor proporção, foi analisada. Os valores, nestes casos, podem ser indicados em microgramas ou miligramas.
Um elemento que pode ajudar à escolha tem natureza gráfica e é dos mais convincentes para quem hesite em fazer uma dieta salutar: o valor energético fornecido, entre outros, pela gordura, proteínas ou hidratos de carbono surge explícito em barras a cores. Que dizer de uma salsicha tipo Frankfurt, em que o teor de gordura, de 74%, quase rebenta a escala? A função informativa e pedagógica ressalta de dados como este.
fonte: JN Sapo.pt
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