“O Photoshop permite-nos alcançar os nossos padrões inatingíveis de beleza, mas quando comparamos essas normas a uma escala mundial, alcançar o ideal torna-se ainda mais evasivo”, conclui Esther na sua página online onde fala do trabalho.
A jornalista faz a observação com base nas imagens que lhe foram devolvidas pelos designers gráficos e que mostram diferenças notórias sobre o que consideraram ser uma Esther mais bonita aos olhos de um asiático, europeu ou africano.
Desafio lançado a designers gráficos de mais de 25 países mostra diversidade de opiniões individuais e culturais sobre a beleza.
O que é a beleza para um indivíduo e para a cultura do seu país? A pergunta foi o ponto de partida para o trabalho Before & After de Esther Honig, uma jornalista norte-americana que pediu adesigners gráficos de mais de 25 países que usassem uma fotografia sua, sem qualquer edição de imagem, e a alterassem de acordo com os seus padrões pessoais e culturais de beleza através do programa Photoshop. “Tornem-me mais bonita”, pediu Esther.
A fotografia da jornalista chegou a países como os Estados Unidos, Sri Lanka, Índia, Chile, Reino Unido ou Vietname, através de uma parceria com plataformas online de venda de serviços low-cost, com as quais foi reunido dinheiro para pagar aos designers gráficos pelo seu trabalho — foram pedidos valores entre os cinco e os 30 dólares, consoante eram amadores ou profissionais.
Por exemplo, comparando a fotografia original, onde a jornalista surge de uma forma muito natural, sem maquilhagem e com o cabelo apanhado, com a tratada no Photoshop nos Estados Unidos, a proposta feita é a de uma mulher com olhos submetidos a uma cirurgia estética e um cabelo muito volumoso. Também o Chile mostra uma jovem mais “artificial”. Já o Vietname, a Ucrânia e Israel apresentaram uma Esther “mais bonita” muito próxima do original. Marrocos colocou um véu sobre a cabeça da jornalista e a Índia escureceu a sua pele e sobrancelhas.
“[As fotografias] são intrigantes e perspicazes no seu próprio direito; cada uma é um reflexo de ambos os conceitos pessoais e culturais de beleza que dizem respeito ao seu criador”, escreve Esther Honig no seu site.
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