domingo, 29 de junho de 2014

Esther foi retocada com Photoshop mais de 25 vezes. E ficou bonita?

“O Photoshop permite-nos alcançar os nossos padrões inatingíveis de beleza, mas quando comparamos essas normas a uma escala mundial, alcançar o ideal torna-se ainda mais evasivo”, conclui Esther na sua página online onde fala do trabalho.
A jornalista faz a observação com base nas imagens que lhe foram devolvidas pelos designers gráficos e que mostram diferenças notórias sobre o que consideraram ser uma Esther mais bonita aos olhos de um asiático, europeu ou africano.

                                        Desafio lançado a designers gráficos de mais de 25 países mostra                                                          diversidade de opiniões individuais e culturais sobre a beleza.



O que é a beleza para um indivíduo e para a cultura do seu país? A pergunta foi o ponto de partida para o trabalho Before & After de Esther Honig, uma jornalista norte-americana que pediu adesigners gráficos de mais de 25 países que usassem uma fotografia sua, sem qualquer edição de imagem, e a alterassem de acordo com os seus padrões pessoais e culturais de beleza através do programa Photoshop. “Tornem-me mais bonita”, pediu Esther.
A fotografia da jornalista chegou a países como os Estados Unidos, Sri Lanka, Índia, Chile, Reino Unido ou Vietname, através de uma parceria com plataformas online de venda de serviços low-cost, com as quais foi reunido dinheiro para pagar aos designers gráficos pelo seu trabalho — foram pedidos valores entre os cinco e os 30 dólares, consoante eram amadores ou profissionais.
Por exemplo, comparando a fotografia original, onde a jornalista surge de uma forma muito natural, sem maquilhagem e com o cabelo apanhado, com a tratada no Photoshop nos Estados Unidos, a proposta feita é a de uma mulher com olhos submetidos a uma cirurgia estética e um cabelo muito volumoso. Também o Chile mostra uma jovem mais “artificial”. Já o Vietname, a Ucrânia e Israel apresentaram uma Esther “mais bonita” muito próxima do original. Marrocos colocou um véu sobre a cabeça da jornalista e a Índia escureceu a sua pele e sobrancelhas.
“[As fotografias] são intrigantes e perspicazes no seu próprio direito; cada uma é um reflexo de ambos os conceitos pessoais e culturais de beleza que dizem respeito ao seu criador”, escreve Esther Honig no seu site.

sábado, 28 de junho de 2014

Gatilhos emocionais para comer

Vamos olhar novamente para o comer emocional, mas alguns passos anteriores, ou seja, o que pode “ativar” ou “intensificar” o comer emocional. Lembrando que: (a) comer por questões emocionais per si não é errado; (b) dependendo da intensidade e frequência que o comer emocional assume pode se tornar um problema.

Seguem alguns exemplos de situações que desencadeiam o comer emocional:

Excitação
Quando a vida está chata a comida pode ser usada para injectar animação nela. Por exemplo, cozinhar uma receita especial ou nova é algo que gera grande entusiasmo em algumas pessoas. Outro exemplo é fazer uma reserva / ir a algum restaurante que sempre quis ir/gosta. Esses dois exemplos, podem ser grandes eventos na vida de algumas pessoas e comida se tornar central.

Fazer dieta frequentemente criar um senso de excitação muito forte, esperança. Por um novo corpo e uma nova vida. Esse é um dos motivos pelos quais as dietas para perda de peso / ganho de massa muscular são sempre tão ostentadas e desejadas. Quando a dieta acaba o senso de excitação é substituído por desespero, que por sua vez é substituído por uma nova excitação: comprar ‘alimentos proibidos’ em grande quantidade.

Frustração e Raiva
Ter uma briga no trânsito ou uma discussão no trabalho podem deixar uma pessoa realmente brava. A raiva / frustração podem ser 'descontadas' na comida. Alguns alimentos são peculiarmente mais consumidos uma vez que o comer emocional é accionado por esses gatilhos. Para algumas pessoas, morder e quebrar o alimento ajuda a descarregar esses sentimentos, por isso os alimentos mais relacionados são os crocantes e duros. Esse gatilho geralmente está relacionado à graus de intensidade do comer emocional mais prejudiciais.

Tédio e Procrastinação
O tédio é um dos sentimentos mais comuns que serve como gatilho para o comer emocional. É um jeito de preencher o tempo e/ou de adiar uma tarefa que precisa ser feita. Para algumas pessoas o fato de procurar por comida e comê-la espanta o tédio.

Alguns exemplos de situações práticas: estar em casa em um sábado à noite e não ter planeado nada para esse momento; esperando por uma ligação importante; assistir TV domingo à tarde sem nada para fazer; arrumar toda a casa e a tarde não ter ‘nada para fazer’, ter passado o dia inteiro fazendo um trabalho sentado no computador, etc.

Percebo que a cada 10 pessoas que me contam que ‘comem porque são ansiosas’ pelo menos 6 estão falando sobre tédio. Esse exemplo fica claro especialmente em crianças que ‘brincam pouco’ e ‘comem muito’. Literalmente uma falta e que a comida tenta preencher.

Recompensa e Suborno
Prometer a si mesmo, ou a outro, que irá comer algo que gosta muito após realizar uma tarefa especialmente chata - “eu mereço comer aquilo, especialmente hoje”. O caso típico do pai/mãe que trabalham e que sentem necessidade de trazer um doce para o filho para 'compensar' sua ausência. Alguns exemplos: Um dia extenuante de trabalho e a pessoa premia a si própria com uma comida especialmente gostosa / proibida para ela; A criança não come e a mãe diz que se ela comer toda a comida do prato vai ganhar mais um pedaço de pudim.

Acalmar
A comida pode realmente acalmar. Imagine que você está numa situação difícil nesse momento. Entre (a) ir a cozinha e pegar alguns chocolates/bolachas OU (b) sentar no sofá e experimentar todas as sensações ruins que estão borbulhando dentro de você, é fácil imaginar qual a situação mais apelativa. Especialmente se esse chocolate/bolachas o fizerem lembrar de um momento ou época em que a vida era menos complicada e mais prazerosa.

Amor
Vários comerciais de alimentos relacionam a comida com uma forma de demonstrar afecto. Não é à toa que isso também faz parte do nosso rol de emoções relacionadas à comida. Um exemplo emblemático são os chocolates para o dia dos namorados. Outro exemplo clássico é dar coisas que o seu filho gosta muito de comer para demonstrar o quanto ama ele.

Algumas pessoas têm muita dificuldade em negar alguma comida, por percebê-la como símbolo de afecto. Para elas, por exemplo, negar o bolo de sobremesa na casa da vizinha, não é uma opção (mesmo se estiver muito cheia ou não gostar do bolo).

Existem muitos outros gatilhos emocionais para o comer. Esses são apenas alguns deles!

É importante ressaltar que a maioria das pessoas não se dá conta que gatilhos emocionais influenciam sobre a sua alimentação. Elas acham que comem porque “tem olho grande”, “são gulosas”, “porque é muito gostoso”, etc. Repito: se dar conta é um passo muito importante!

Entretanto perceber e nomear alguns sentimentos/sensações não é uma tarefa simples para a maioria das pessoas. Consultar um profissional da psicologia para ajudar a reconhecê-los pode ser uma boa estratégia para ajudar a lidar com esses sentimentos.

Que tal começar a prestar atenção em como você lida com a comida?

Fonte: http://www.facebook.com

terça-feira, 17 de junho de 2014

Workshop aberto no El Corte Inglés & Reportagem na Feira do Livro.



Qual o objetivo da organização e realização de um congresso alimentar? Em que medida aquilo que comemos reflete as nossas emoções e qual o impacto emocional da alimentação? 
A Saber Viver Lisboa TV dá-lhe a conhecer o essencial do trabalho desenvolvido pelas naturopatas Márcia Almeida e Isabel Costa, no âmbito da COMMEDIDA, instituição particular de solidariedade social, que organizou o I e II 
17/06/2014