Aprenda a reconhecer os sintomas
A ansiedade social é um problema que afecta muitas pessoas e lhes torna a vida particularmente difícil.
Mas é possível ultrapassá-la!
Já todos vivemos momentos de ansiedade só de pensar que teremos de falar em público ou de dar o nosso melhor numa entrevista de emprego. No entanto, há quem passe uma vida inteira vítima de uma timidez exagerada: a ansiedade social.
Gillian Butler, psicóloga inglesa e investigadora da Universidade de Oxford é a autora de «Ultrapassar a Ansiedade Social e a Timidez». O livro, recomendado pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva (APTCC), apresenta-se como um programa capaz de ajudar as pessoas enfrentar o medo, a fortalecer a autoconfiança e a tornarem-se mais sociáveis.
Mas, afinal, o que é a ansiedade social? O nervoso miudinho, um leve gaguejar, um rubor que não passa despercebido ou as mãos transpiradas são alguns dos sintomas mais comuns da timidez.
A infância e a adolescência são as fases da vida em que mais nos sentimos tímidos e a maioria das pessoas ultrapassa essa dificuldade de interacção social na idade adulta. No entanto, há quem nunca consiga superar este problema...
Receio constante
Em «Ultrapassar a Ansiedade Social e a Timidez» Gillian Butler levanta o véu: «As pessoas socialmente ansiosas têm tendência para supor que as suas interacções com os outros serão penosamente reveladoras. Os outros irão reparar nas suas fraquezas ou nas suas dificuldades; serão substituídas, ignoradas, criticadas ou rejeitadas por não se comportarem de forma mais aceitável».
«E isso», continua, «torna-lhes difícil interagir de modo natural com as pessoas e pode impedir de falar, escutar ou fazer amigos» conduzindo-as ao isolamento e à solidão. «Nada vai fazer com que se livre completamente da ansiedade social», sublinha Gillian Butler no seu livro.
«Mas pode aprender a ultrapassar o tipo de ansiedade que o restringe, e a mantê-la dentro de limites manejáveis». E, para que tal aconteça, a autora refere algumas estratégias, como a necessidade de mudar padrões de pensamento. Telmo Baptista, psicoterapeuta e presidente da APTCC, recorda que «a acentuação de ideias sobre o que os outros estarão a pensar ou um desejo continuado de agradar a todas as pessoas pode criar uma enorme pressão no desempenho social».
Daí ser necessário um auto-exame sobre a forma como pensamos para a conseguirmos modificar. De acordo com Telmo Baptista, a maioria das pessoas que sofre de ansiedade social não procura ajuda para o seu problema, «provavelmente porque não sabe que existe ajuda disponível ou não tem acesso a esse tipo de ajuda».
O sofrimento silencioso em que vivem «manifesta-se por evitar situações sociais ou por confrontá-las, utilizando maneiras de reduzir a ansiedade como o consumo de álcool», acrescenta. O médico de família é uma ajuda preciosa, uma vez que pode aconselhar um especialista ou a terapia que melhor se adeque.
Dentro da Psiquiatria e da Psicologia existem várias correntes de pensamento que abordam o problema com métodos diferentes. Independentemente da especialidade, o que importa é que se sinta apoiada e confiante no profissional que tem à sua frente.
Fonte: Mulher.Sapo
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